Velocidade de interconexão deve crescer 48% ao ano até 2021

Global Interconnection Index Volume 2 (o GXI), produzido pela Equinix. O relatório anual monitora, mensura e projeta o crescimento explosivo dos negócios digitais, além de oferecer insights sobre como a Velocidade de Interconexão está estimulando o sucesso dos negócios digitais. Velocidade de Interconexão é a capacidade total fornecida para troca de tráfego, privada e direta, com um conjunto diversificado de contrapartes e provedores, em pontos de troca de tráfego de TI distribuídos. É medida em Terabits por segundo (Tbps). – A Interconexão encurta distâncias e cria um caminho exclusivo para ligar A a Z, sem precisar passar por todo o abecedário – resume Eduardo Carvalho, presidente da Equinix no Brasil. O GXI traz um resultado surpreendente: estima-se que a Velocidade de Interconexão chegará a 8.214 Tbps em 2021. Isto significa um crescimento médio de 48% ao ano em cinco anos, entre 2017 e 2021. É muito mais do que o crescimento previsto para a internet, por exemplo. Em 2017, o “Visual Networking Index”, da Cisco, estimava uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) da internet de 26%, para o mesmo período. O estudo de mercado elaborado pela Equinix mostra que a Interconexão é o melhor caminho para resolver os desafios criados por cinco tendências mundiais que não apontam outra saída a não ser a integração dos mundos físico e digital. Para as empresas, significa a necessidade de uma revolução digital dos negócios de modo a criar uma plataforma segura, compatível e receptiva. A primeira dessas tendências são os negócios digitais, que crescem a uma velocidade sem precedentes. Estudo da International Data Corporation (IDC) prevê que, em 2021, pelo menos 50% do PIB global estará digitalizado, impulsionado por ofertas, operações e relacionamentos. Como responder a essa transformação? Com interações em tempo real, o que requer Interconexão entre pessoas, coisas, locais, clouds e dados. Outra tendência da qual não há como escapar é demográfica: a urbanização crescente. A cada ano, a população urbana mundial aumenta em 65 milhões de pessoas. É mais que a soma dos habitantes dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Neste cenário, explodem as demandas por serviços digitais e pela Interconexão entre aplicativos, dados, conteúdo e redes de contatos locais. Tamanha conectividade entre negócios e pessoas gera risco crescente, e entra em cena a terceira tendência: segurança cibernética. A consultoria EY Global Advisory calcula que o custo mundial das violações de segurança cibernética chegará a US$ 6 trilhões. Negócios digitais aumentam pontos vulneráveis, que devem ser enfrentados com Interconexão de controles de segurança nos pontos onde uma determinada empresa está presente. O quarto ponto é a conformidade de dados. Muitos países têm leis de proteção de dados que bloqueiam a transferência de informações financeiras, fiscais e contábeis. As empresas são obrigadas a manter os dados restritos ao país em que atuam. A Interconexão cria infraestruturas de TI consistentes e que atendam à regulamentação de cada país. Por fim, o GXI cita os ecossistemas de negócios. A previsão é de que as organizações que utilizam múltiplos intermediários deverão dobrar em 2021. Esse fenômeno é impulsionado principalmente pelo comércio digital, com uma cadeia cada vez mais ampla de clientes, parceiros e funcionários. A Interconexão entre esses participantes é essencial para facilitar os fluxos digitais. – A Interconexão resolve essas tendências, é uma solução para essas forças que as empresas estão enfrentando, pois integra o físico com o virtual. Veja o impacto da urbanização. Uma empresa que vai investir em serviços digitais precisa enfrentar essa questão. Em uma cidade como São Paulo, por exemplo, imagine 12 milhões de pessoas consumindo serviços digitais – diz Eduardo Carvalho. O estudo de mercado elaborado pela Equinix identificou quatro casos de uso da Interconexão como solução para o impacto dessas tendências. É uma espécie de passo a passo em que cada etapa acrescenta novos recursos. Na primeira etapa, “otimização de rede”, as empresas criam hubs de interconexão, em que buscam encurtar a distância entre usuários e serviços oferecidos. O passo seguinte, “multicloud híbrida”, tem por objetivo conectar clouds públicas e privadas, reduzindo a complexidade da conexão. Outro passo é a “segurança distribuída”, em que são implementados componentes de segurança para mitigar riscos. Finalmente, através de “dados distribuídos”, as empresas gerenciam trocas de dados globalmente, permitindo maior integração. – Estamos num momento ‘agora ou nunca’ no que se refere à transformação digital, e os interesses em jogo aumentam a cada dia. A necessidade de interconexão nunca foi tão grande, e o crescimento da Velocidade de Interconexão nunca foi tão importante para o futuro dos negócios digitais. As Enterprises e Provedores de Serviços que souberem como explorar o potencial da Interconexão para fortalecer e acelerar suas estratégias digitais vão se posicionar na liderança da futura era de negócios globais – diz o relatório produzido pela Equinix. Enterprises são as empresas em setores de negócios tradicionais, como bancos, seguradoras, manufatura, energia e concessionárias de serviços públicos, varejo, saúde e governo. A previsão é que, em consumo de Velocidade de Interconexão, as Enterprises ultrapassarão os Provedores de Serviço (empresas em que os modelos de negócios são ancorados em fluxos de tráfego digital, como os setores de telecomunicações, serviços de cloud e TI e de conteúdo e mídia digital). Segundo estimativa do GXI, bancos e seguradoras serão grandes propulsores do aumento da Velocidade de Interconexão entre 2017 e 2021, com CAGR prevista de 65%. A razão é que uma grande onda digital tomou conta do setor, com a ampliação do uso da tecnologia no sistema financeiro e, ao mesmo tempo, maior procura por segurança cibernética. Outro setor que ganha nova vitalidade com a transformação digital, aponta a publicação anual, é o de manufatura. Negócios digitais criaram novas receitas para as indústrias, que têm mudado em ritmo acelerado a circulação de informação e a produção local de mercadorias. A estimativa do estudo de mercado produzido pela Equinix é que, em cinco anos, a manufatura atinja uma CAGR de 56%. Bancos, seguros e manufatura já são grandes consumidores de Velocidade de Interconexão e se tornarão ainda maiores. Entre os setores com consumo menor, mas com grande potencial estimado de crescimento, estão de energia e concessionárias de serviços públicos e de saúde e ciências da vida, com estimativa de CAGR, respectivamente, de 73% e 70%, segundo o estudo de mercado da Equinix. Além disso, o setor que mais vai crescer em Velocidade de Interconexão na América Latina será Conteúdo e Mídia Digital. Temos visto cada vez mais empresas desse setor investindo em plataformas digitais de streaming e compartilhamento de conteúdo, o que vai impulsionar fortemente a necessidade por interconexão.

Fonte (Foto: Equinix)Fonte (Foto: Equinix)
Na análise da distribuição mundial da Interconexão, a publicação anual aponta a estimativa de que os Estados Unidos, pioneiros dos negócios digitais, se mantenham na liderança em capacidade instalada de Velocidade de Interconexão, com CAGR de 45%, chegando a 3318 Tbps em 2021. O maior crescimento previsto é para a América Latina. A estimativa do GXI é que a região tenha CAGR de 59% e alcance Velocidade de 755 Tbps em 2021. São Paulo é o grande hub de negócios do continente, por isso lidera o crescimento, com CAGR de 64%. Para o Rio de Janeiro, que funciona como um espelho de São Paulo, a expectativa é de 60% até 2021. Já Buenos Aires crescerá a um CAGR de 60% – acima da Cidade do México, com 51%. O México, apesar de ter PIB maior que o da Argentina, está mais próximo dos EUA, por isso as barreiras de chegada aos dados (especialmente com relação à distância) são menores. Isso faz com que o crescimento anual do país seja proporcionalmente menor. Ásia e Pacífico têm CAGR prevista de 51%, chegando a 2.220 Tbps e Europa, segundo as estimativas, crescerá 48%, alcançando 1.921 Tbps em 2021. Fonte: Época Negócios]]>